Púbrico

sábado, julho 17, 2010

Infância..


Venho a escrever em homenagem ao blog do Abraão Victoriano. Hoje o blog dele completa dois anos de poesias e pensamentos publicados. Meus parabéns Abraão. Seu talento é evidente.
Para comemorar os dois anos, ele pediu para que algumas pessoas escrevessem e publicassem em seus blogs, alguma passagem da infância que tenha ficado marcado em suas vidas. E como eu ainda vivo a minha infância não pude deixar de dar esse presente de aniversario ao blog Menino-homem.


Eu ainda vivo a minha infância, e meu desejo é vive-la até os últimos segundo de vida. Até o ultimo suspiro. Para mim, não existe e nunca existirá nada como uma criança. Como o seu sorriso, suas preocupações e é claro sua alegria. Nesse texto não irei tratar a mim como criança no passado. O porque já foi citado.
Quando eu era menor, mais magro, mais cabeçudo, banguelo, costumava ser chamado pelo meu irmão de Macalé ( em homenagem ao Tião Macalé, dos Trapalhões ), e os meus pais me chamavam pelo que eu considero o sinônimo da minha pessoa, Feliz. Pais sempre são assim né?
Brincar até a mãe chamar pra entrar, jogar futebol na rua, e chutar o asfalto. Ir correndo para casa com o pé sangrando. Chutar a bola na casa do vizinho chato e nunca mais vê-la. Empinar pipa e perde-la enroscada no fio elétrico. Jogar burquinha e rodar peão. Isso não aconteceu ha muito tempo. E são coisas que não se vê muito nos dias de hoje. Agora, as crianças não parecem mais crianças. Já são muito adultas. E os adultos esqueceram de como é bom ser criança. Estão todos muito cheios de obrigações. Palavra que eu desconhecia quando menor.
E na época do natal, ano de... não lembro qual, que eu tinha assistido o filme do Papai Noel assassino, e o filme ficou na minha cabeça, fiquei morrendo de medo. Quando chegou a noite do natal, na ceia da família, perto da meia noite começou a tocar um sininho que era o sinal que o Papai Noel tinha chegado. Eu e meus primos saímos correndo para receber o velinho, porém, quando eu o vi, tive que sair correndo para a direção contraria da molecada, pois eu havia lembrado do filme. Voltei correndo e chorando para o colo da minha mãe, e pedindo o meu pai, que tinha sumido. Anos mais tarde, vendo as fotos desse natal, eu descobri onde meu pai estava. Ele estava com uma roupa vermelha e branca, um cinto preto, sapatos pretos, uma barba branca bem longa, cabelos brancos e um sininho na mão. Engraçado? Na hora, para mim não foi.
Infância, alguns dizem que foi uma época boa que nunca irá voltar. Para mim é uma época boa que nunca irá me deixar.

6 comentários:

  1. Belos tempos, belos dias, que eles sejam
    eternos em sua vida de criança adulta.
    beijos no coração.
    "Dona Maria"

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  2. "E os adultos esqueceram de como é bom ser criança. Estão todos muito cheios de obrigações. Palavra que eu desconhecia quando menor."

    Felipe,
    o espírito infantil é recheado de coisas boas, como as descobertas, o espanto e admiração... e você como um jovem-menino sabe ministrar bem essas sensações, trazendo à tona o melhor que esta te proporcionou: um olhar de cor para o mundo...

    muito grato pelo seu carinho,
    Jesus te ilumine...

    beijos,
    do homem-menino

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  3. adorei a história, favoritei aqui :D

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  4. cara q show fico meu brother... isso me troce muitas e boas lembrança de infância!!!!!

    abraçao cara to chegano.... saudades

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  5. muito bom.
    continue a postar nesse nivel.

    boa leitura

    Lembrem-se de clicar nas propagandas do site. Logo abaixo \/


    Roger , att

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  6. Filho, estou aqui dando risada sozinha...rsrrss, lembro-me daquela cena no portão da casa do tio Edneu como se tivesse acontecido há dois minutos atrás, e foi há muitos anos ....,seu pavor ao ver o "papai noel"foi inesquecível!!
    REalmente, sua infância foi há tão pouco tempo,e tão diferente das dos meninos de hj..o que será acontece???
    "Feliz", seja sempre este menino feliz!!!
    Te amo muito !!

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