Púbrico

quinta-feira, março 31, 2011

E olha lá, o trem passar.


Tô vendo o trem passar,
esquecendo coisas que não queria lembrar.
E minha mãe me diz:
Seja feliz sempre,
porque ela vê coisas que pouca gente, entende.

E tem muita coisa que não quero falar.
Á, olha lá
o trem passar,
passa trem,
passa bitrem,
e eu não paro de sonhar.

Mas olha lá,
o trem passar,
bem no meio de Maringá.

Maringá combina com ar, amar, brincar, brilhar,
e ainda passa trem,
passa bitrem,
e eu não paro de sonhar.

sexta-feira, março 18, 2011

Não quer ser humano.


Ser humano. Eu não quero ser humano. Tenho reparado muito nas atitudes humanas, nos sentimentos humanos, nos pensamentos humanos, e cheguei à simples conclusão que não quero ser um humano.
Sendo humano, tudo vira real. Esta tudo aqui presente, é carne, é osso. E eu não gosto muito dessas coisas. Gosto de carne, mas não de osso.
Sendo humano, a fantasia vai embora, é lógica e razão. Que graça tem a lógica? Qual emoção tem lógica?
Não quero ser humano. Eu gosto é do calor do momento, gosto de sentir o gosto doce, e escutar o barulho do vento. Não quero prever, não quero antecipar. Quero que todas as emoções não tenham lógica, quero que todos os prazeres sejam inexplicáveis, quero que todos os sentimentos sejam os mais profundos, quero viver a minha vida toda em um mundo de fantasia. Andar em uma bicicleta sem rodas, viver sem estar na moda. Quero apenas ser eu, o eu aqui de dentro, o eu que vem de lá pra cá.
Eu só não quero ser humano.