Púbrico

sexta-feira, junho 10, 2011

Folha branca.


Lá em casa têm poetas.
Lá tem o que falta em algum lugar.
E falta o que sobra em outro lugar.
O lugar ao certo eu não sei.

Lá tem parede pintada,
Tem pinta marcada,
Na pele.
Pele de quem escreve,
E quem escreve tatua no papel,
Suas duvidas sobre, destino, amor, conspirações e o céu.

Uma folha branca,
Uma pena branca.
Uma flor branca,
Um mastro, com uma bandeira branca.

O branco me dá vontade de escrever.
O papel em branco, a cabeça em branco,
Um tecido branco, para erguer a bandeira da paz.
Paz?
A gente que faz.

Eu, escrevendo, você, lendo.
Você escrevendo e eu lendo.
Uma lenda que não morre,
Vai ser para sempre viva?

E quando a água do mundo acabar?
Ainda vai ter água viva?
Que elas vivam, sejam felizes, e a água do mundo não acabe.
Que também não acabe a minha vontade de escrever, de ver, e de entender.
Assim, eu e a água viva, podemos viver.

Mesmo assim, continuo sem saber,
O que pode vir a acontecer.

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