Púbrico

sábado, novembro 13, 2010

Sentido inverso.


Já escutei diversas vezes, “ em terra de cegos, quem tem um olho é Rei “.
E em terra de boas pessoas, quem é mal é o que?
Em terra de quem vive para amar, quem odeia é o que?
Em terra de quem faz o bem, quem tem maldade é o que?
Em terra de pobres, quem tem dinheiro é o que?
Nas bandas de quem não anda, quem tem perna é o que?
A Terra, composto por uma grande diversidade de seres vivos. Berço da raça humana, mãe que nos abriga. Mãe que nos matem vivos, só não se sabe por quanto tempo. Lugar abençoado, perfeitamente criado para a nossa sobrevivência. Todos no momento da nossa criação tínhamos deveres, valores e sentimento. Sabíamos que cada um tinha sua função em um ecossistema. Para a sobrevivência de todos, teríamos que fazer um circulo, uma cadeia alimentar e tudo mais. Mas justamente nós, os mais sábios, capazes de raciocinar, com imaginação para criar o que não existe, com uma maquina dentro do crânio capaz de mudar, criar, imaginar, pensar, e orientar o resto do corpo. É o desenvolvimento desse que nos permitiu mudar e ser soberano a todos tipos de animais. Logo nós, esquecemos nossas funções.
Evoluímos demais para o ritmo do desenvolvimento planeta? Superamos todas as velocidades e estamos perdidos? O que aconteceu conosco? Seres tão capazes? Procuro justificativas para tanto mal. Tanto esquecimento. E tanta comodidade. Nós que poderíamos viver todos em conjunto, unidos e amados, sendo solidário, e capazes de verdadeiramente pensar, viver em um mundo melhor. Mas não, sempre tem aqueles que odeiam, dês ama, e que tem um olho, para enxergar o caminho mais simples para o seu próprio bem, e esquecendo do bem coletivo. São esses que conquistam o poder e desejam controlar o povo para a ignorância de não perceber que está tudo errado. Nós estamos vivendo em uma linha histórica de mentiras, vêm de milênios, aproximadamente quando o ego da nossa raça implodiu e os mais encorajados se aventuravam em conquistas de escravos e terras em batalha com seu semelhante. Vêm das tribos, dos reinados, do monarquismo, do absolutismo e todo esse ismo por aí. Todos esqueceram desde lá de traz que não precisa matar o irmão para comer um pão. Que não precisa se enterrar em vícios e stress que a vida é simples. Em ódio e rancor, se a vida é para ser amada e compreendida. Que é desnecessário, tudo isso que fizemos na nossa historia só caminha para o sentido inverso da vida, que é a morte.
Pessoas que assumem o poder em qualquer lugar do mundo, em qualquer momento histórico, absolutamente a minoria se propunha ao cargo para o bem comum. A maioria pensou na hora de assumir o poder no seu bolso e na sua alegria. Esqueceu do bem coletivo e cultivou o individualismo para suas vidas. Procuram sempre um jeito para apenas o seu beneficio e não pensam que estão prejudicando multidões. Manipulam o mundo, levando-o para o sentido oposto da vida, e continuamos caminhando passos seguidos de passos para ficarmos deitados no subsolo diante de uma lápide.
Pense, use a máquina que tem dentro dessa caixa dura, nesse mês que passamos, quantos fatos aconteceram no Brasil que mostra que está tudo errado? É na educação, é no esporte, é na política, é na saúde, é na segurança. Será que ninguém percebe que está tudo errado? Que quem tem o poder de governar e decidir pela vida, seja de um País ou de um ser, é todo o conjunto. Criamos normas injustas e cegas, aplicadas por mercenários e criadas por seres individualistas, que fazem e criam essas normas do modo que irá mais o beneficiar. É no futebol onde vemos juízes sem capacidade para encarar a responsabilidade como administrar um espetáculo. São cartolas mexendo seus pauzinhos aqui e ali para controlar tudo e se dar bem. Mentido para nós, a mentira é o oposto da verdade. E concordamos que a verdade se aproxima mais do bem que a mentira né? É na política, com esses xerifes, que manipulam o País há tempos, e a manipulação é o oposto da liberdade. E penso que a liberdade faça melhor a vida e ao mundo.
Estamos todos perdidos, ninguém lembra mais o sentido da vida. Nós não somos robôs que têm que ter a rotina fixa. A vida não é nascer, andar, creche, escola, faculdade, trabalho, aposentadoria. Eu penso que ela seja: ser um animal inofensivo e que sobrevive graças ao instinto de seus pais, ou em outros casos pelo acaso. Depois ela passa ser a infância, tempo em que demonstramos o que somos verdadeiramente, puros em sentimentos, sem vícios, sem preocupações, sendo ilustre em várias ocasiões. Em seguida vem a adolescência quando começamos a acreditar nas mentiras contadas e passamos pela fronteira bem x mal. É nesse ponto em que tomamos partida do que seremos, na mistura da pureza e da maldade criada por mentiras hereditárias. Após vem a fase adulta, onde pomos em pratica aquilo que plantamos durante a vida. E para terminar a velhice, onde refletimos, agonizamos, ou relembramos a vida, sem se esquecer que ainda existe tempo a viver. Todas essas fases são comuns, grande parte de nós passaremos por isso, ou já passamos. Mas o que diferencia uma vida bem vivida de uma pautada segundo os conceitos pré-estabelecidos pela sociedade são os momentos criados em meio a essas etapas.
Alguns que não se esqueceram ou em algum momento voltou a viver o real sentido dessa palavra podem dizer que fizeram sua parte. Estar no posto que achamos que estamos, no topo de toda a cadeia alimentar, no topo na capacidade de pensar, no topo de quase tudo, e não estamos, percebemos que quem manda não somos nós, quem manda é a dona de todo esse espaço, a Terra. E quando estamos petulantes demais ela resolve nos mostrar que nosso ego está passando dos limites. E assim seguimos, alguns vivendo sem viver, e outras cumprindo seu papel.
Acho que passa a hora de mudarmos essa nossa trilha, pegar alguma pista opcional para fazer o retorno ao sentido que esquecemos há muito tempo, o sentido do coração, o sentimento que exala e é o motivo por estarmos por aqui. Mas enquanto o bem se rende ao mal, sem ter oportunidade de ao menos enxergar, por ser cego, dá espaço aquele que não deveria existir, mas por uma mutação ele criou olhos, e assim surgiram os Reis.
Essa é nossa historia, e pensamentos de um pequeno maluco.

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