Púbrico
quinta-feira, junho 30, 2011
Suspiro?
Os suspiros em que eu piro.
É o ar que passa, me renova e sai.
Não acaba,
Não esbarra,
Na saída,
Não é uma medida prevenida.
Mas toda forma de boa energia,
Pode ser vinda,
Por uma avenida.
Sem sentido binário.
É sempre em mão dupla.
Um passa para o outro o que sente,
Mesmo que não fale, mesmo que não pense.
A energia que emites, é capaz de falar,
O que sente,
No momento exato, sobre o que e quem pensar.
Eu não gosto de suspiro,
Mas sempre piro,
Acho o suspiro muito doce,
De doce já basta eu.
Suspiro com momento que já aconteceu.
Suspiro com mulheres,
Que não sei nem se me queres,
Mas deste suspiro eu gosto,
E aposto,
Que não vem a me incomodar.
Faz parte do meu plano, pirar.
sexta-feira, junho 10, 2011
Folha branca.
Lá em casa têm poetas.
Lá tem o que falta em algum lugar.
E falta o que sobra em outro lugar.
O lugar ao certo eu não sei.
Lá tem parede pintada,
Tem pinta marcada,
Na pele.
Pele de quem escreve,
E quem escreve tatua no papel,
Suas duvidas sobre, destino, amor, conspirações e o céu.
Uma folha branca,
Uma pena branca.
Uma flor branca,
Um mastro, com uma bandeira branca.
O branco me dá vontade de escrever.
O papel em branco, a cabeça em branco,
Um tecido branco, para erguer a bandeira da paz.
Paz?
A gente que faz.
Eu, escrevendo, você, lendo.
Você escrevendo e eu lendo.
Uma lenda que não morre,
Vai ser para sempre viva?
E quando a água do mundo acabar?
Ainda vai ter água viva?
Que elas vivam, sejam felizes, e a água do mundo não acabe.
Que também não acabe a minha vontade de escrever, de ver, e de entender.
Assim, eu e a água viva, podemos viver.
Mesmo assim, continuo sem saber,
O que pode vir a acontecer.
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